Quando estamos no olho do furacão emocional, tudo parece turvo. Não conseguimos enxergar saídas, nem soluções para problemas que parecem infinitos. É como se estivéssemos imersos em uma tempestade sem fim, onde sentimentos se misturam e a lucidez se esconde.
Mas, como tudo na vida, essa fase também passa. E, quando vai embora, deixa um gosto amargo, uma lembrança dolorida — ainda que esmaecida pelo tempo. É então que percebemos o quanto nossa percepção estava distorcida, o quanto era difícil olhar com isenção e clareza naquele momento.
E assim, iniciamos um novo ciclo. Que, claro, não começa fácil. Vem cheio de desafios, pedregulhos no caminho que testam nossa força, nossa estabilidade emocional. Precisamos lidar com o novo, com o desconhecido, com aquilo que ainda nos causa estranhamento e insegurança.
Seguimos...construindo expectativas que, às vezes, se cumprem — outras vezes, nos frustram. Mas seguimos. Porque a alma tem essa força silenciosa que insiste em recomeçar, mesmo quando o corpo hesita e o coração duvida.
Cada queda nos ensina a levantar de forma diferente. Mais atentos, mais conscientes, talvez mais cautelosos… mas ainda assim dispostos a tentar. O caminho nunca é totalmente seguro — e talvez nem deva ser. É no inesperado que a vida mostra sua verdadeira face. E é nele que descobrimos do que somos feitos.
Aprendemos, aos poucos, que não precisamos ter todas as respostas. Que sentir medo é humano. Que chorar, às vezes, é o único jeito de limpar a alma. E que sorrir, mesmo com lágrimas nos olhos, pode ser um ato de coragem.
O ciclo segue. A roda gira. E nós, caminhantes desses altos e baixos da existência, seguimos com o que temos: um coração que pulsa, uma mente que aprende, e uma alma que, apesar de tudo, ainda sonha.
A vida segue como uma roda incessante — por vezes nos mantém despertos e vivos, por outras, à beira da loucura. Entre altos e baixos, seguimos criando planos, alimentando sonhos, construindo expectativas...… expectativas que, às vezes, se cumprem — outras vezes, nos frustram. Mas seguimos. Porque a alma tem essa força silenciosa que insiste em recomeçar, mesmo quando o corpo hesita e o coração duvida.
Cada queda nos ensina a levantar de forma diferente. Mais atentos, mais conscientes, talvez mais cautelosos… mas ainda assim dispostos a tentar. O caminho nunca é totalmente seguro — e talvez nem deva ser. É no inesperado que a vida mostra sua verdadeira face. E é nele que descobrimos do que somos feitos.
Cida Guimarães
06/07/25