Quando recebemos prognósticos terminais sobre seres amados, começamos a viver a morte, por antecipação. Morte, que na realidade é parte da Vida. Não há vida sem morte; tudo precisa morrer para voltar a viver. Sabemos disto! Entretanto, vivemos como se nunca fossemos morrer.
Damos valor a coisas vãs, descartáveis, nos preocupamos com banalidades, e somente quando a vemos tão de perto, nos damos conta da inutilidade de tantas coisas.
Estou vivendo isto pela segunda vez. É um perder a conta-gotas, sofrendo a cada novo evento, como uma despedida. É estar, sempre, em estado de alerta, perdendo por antecipação.
Que difícil viver com medo, mesmo tendo a noção, que a morte não é um fim a ser temido, evitado, a todo custo, e sim, mudança, troca de estado, de matéria, para puro espírito, e que temos que buscar encontrar a luz, a paz, a regeneração.
Vida e morte são complementares, dois lados de uma mesma moeda. Se é a única certeza que podemos ter, que todos iremos morrer, por que não a naturalizamos e encaramos como previsível, sem drama, como uma separação temporária?
Não tenho esta resposta. Você tem? Comente, dê seu ponto de vista.
Cida Guimarães
19/11/24
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