sexta-feira, 10 de julho de 2020

Que mundo é este?




Pergunta que fica martelando minha cabeça, quando assisto os noticiários, com tanta morte, tantas aberrações, tanta tristeza!
 Tenho a sensação que é um mundo doente, carente de valores básicos, onde a busca por satisfação instantânea, o egocentrismo, e a indiferença estão adquirindo proporções preocupantes.
 Aliado a  tudo isto, ainda temos o aquecimento solar, as devastações da Amazônia, as queimadas, a corrupção, e a violência. Realmente, o mundo estava precisando de uma parada. Socorro! 
Será que vai  mudar quando conseguirmos sair do caos, que estamos vivendo? O que irá permear as relações no mundo, pós pandemia?  


Está tudo muito louco, não?

Que mundo é este? Quais são os valores hoje? Quais irão nortear a vida, no futuro?
Há valores, princípios que  são imutáveis, universais?  Alguns, creio, que independente da época, do país, cultura, raça e credo, sim, são universais, e deveriam ser permanentes, dando suporte a  todos os demais, mas, está tudo, sempre mudando tanto, que certezas, são poucas. 
Na minha visão:  honestidade, integridade, bondade, compaixão, solidariedade, respeito a mim mesma, e aos outros, deveriam ser valores fundamentais, e imutáveis.
Há, porém, inúmeros, que  variam conforme a cultura de determinado país, e outros, que vão mudando, conforme os tempos, e a mentalidade de uma determinada época,  cultura.

  Tanta coisa mudou, e está mudando. Lembro em criança de ouvir: "criança não tem opinião"; "o que    os outros vão pensar?" Hoje, creio, temos que ouvir os pequenos, que, em sua inocência, têm muita sabedoria, e a opinião dos outros não deveria influenciar nosso agir, e sim,  acionar nossa bússola interior, sinalizando se estamos agindo certo ou errado,
  Lembro-me de criança que certas roupas, cabelos, etc., só podiam ser usados após uma determinada idade, e também não eram adequados, depois de uma certa idade.  Por exemplo, queria muito ter usado meias-calças de ‘nylon’, no casamento de meu irmão, mas na época eu tinha 11 anos, e isto só  seria permitido para quando eu tivesse 15 anos, então tive que usar soquete mesmo.  Na época, aceitávamos, sem muita discussão, porque não era não. Tínhamos que esperar! 
O positivo, talvez, é que criávamos expectativas para chegar em determinada idade, quando  tal coisa seria adequada, permitida; o negativo, é que perdíamos de viver o momento, pensando quando poderíamos fazer o que estava em nossa imaginação.  Hoje em dia meninas pequenas já são vestidas como moças, se maquiam e pintam as unhas. Tudo começa mais cedo. Errado? Não sei, os tempos mudaram, e o experimentar que já existia quando eu brincava usando os saltos da mãe, já pode ser realizado, sem tantos obstáculos.
Quantas mais coisas mudaram nestas últimas décadas. Muitos tabus e preconceitos foram derrubados.
Virgindade? Hoje, as garotas já começam a transar ainda na adolescência, e os pais, e até mesmo a escola já fornecem as informações para evitar doenças e/ou uma gravidez indesejada.  Casávamos, a grande maioria, exceto, algumas, que na época eram consideradas "garotas fáceis", sem ter tido contatos íntimos, sem saber se haveria compatibilidade sexual. Quantos casamentos fracassados, e quantas desilusões já que o pensamento era muito distanciado da realidade. O amor romântico, o príncipe encantado, sem a experiência do convívio, das diferenças, e as demandas do convívio, que nunca é fácil.
Relacionamentos, que só eram vistos como certos e adequados,  se fossem heterossexuais, e quando o homem era o mais velho. Mulheres, após os 30, eram consideradas balzaquianas(ainda existe esta palavra?), e "solteirona", se ainda não tivesse se casado; casamentos deveriam ser indissolúveis, e a tarefa principal da mulher era ser uma boa dona de casa; a homossexualidade, racismo, enfim muitos preconceitos e ideias, que hoje, nos parecem muito absurdos, e que foram  instilados em nós, ao longo de nosso crescimento, e que, depois, tivemos que lentamente, e com muito esforço reavaliar e descartar.

 Se mudarmos de país, nos espanta, choca, algumas vezes vários costumes e tradições, que não conseguimos entender. Na Tailândia, as "Karen Long Neck",  são mulheres girafas, que  desde os seus 5 anos tiveram argolas sendo colocadas, em seus  pescoços (1 a cada ano). Este costume surgiu, primeiro de uma superstição(afugentava os tigres), depois  começaram a achar ficarem lindas, com longos pescoços; não podem mais retirar, senão o pescoço desaba. Os muçulmanos, que têm várias mulheres, que precisam viver escondidas, dentro de suas burcas,  silenciosas e obedientes, e há inúmeros mais...

                                                     Mulher girafa" Karen long neck"

Amadurecer na vida é conseguir se desvencilhar de ideologias, e crenças  limitantes, que nos subjugaram, quando mais jovens. Quando avaliamos, nossa vida, com olhos mais maduros, conseguimos identificar algumas crenças irracionais e prejudiciais, que guiaram muitas de nossas ações.
 Cada geração põe por terra algumas crenças enraizadas, e com o passar do tempo, novas vão surgindo.
 
É preciso agilidade emocional para fazer a transição, não ficar preso a conceitos e paradigmas que já não têm lugar hoje, e isto, em todas as áreas de nossa vida. Entretanto, temos que ter muito claro, quais são aqueles valores, e princípios dos quais não vamos abdicar, que independente das mudanças irão sempre dar suporte às nossas ações.

 Quanto mais tudo  vai mudar? Qual será o mundo depois da pandemia?  Que mundo será o de nossos  netos/ bisnetos? Que crenças, que temos hoje, já terão sido descartadas?

Bem difícil não? Sim, quais serão as mudanças que virão com as próximas gerações? Como estará o mundo?  O que você acha? Adoraria ouvir sua visão.
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