Mostrando postagens com marcador REFLEXÕES PESSOAIS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador REFLEXÕES PESSOAIS. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Homens X Mulheres ou Homens e Mulheres?



Minha experiência na web, interagindo com meus seguidores — a grande maioria homens, viúvos ou divorciados, em busca de uma companheira de vida e mãe para seus filhos órfãos — levou-me a pesquisar como e por que os homens buscam um novo casamento, como forma de lidar com a solidão.

É evidente que, entre eles, há também muitos oportunistas, "scammers", perfis falsos, etc. Com o tempo, tornei-me perita em identificá-los rapidamente. A maioria desses perfis está localizada em regiões distantes, frequentemente em zonas de conflito, alegando não poder fazer vídeo chamadas. Seus textos são repletos de chavões e histórias de vida dramáticas, além de apresentarem erros gramaticais e pouca coerência. Muitos desses homens declaram amor instantâneo e acreditam que, ao fazer algumas perguntas sobre preferências, conseguem estabelecer compatibilidades suficientes para um casamento bem-sucedido.

O curioso é que esses viúvos são minoria. Pesquisando sobre o assunto, descobri que 80% das pessoas viúvas são mulheres. Incrível, não? A maioria das minhas amigas e ex-colegas está viúva e permanece sozinha. Segundo as pesquisas, há quase cinco mulheres viúvas para cada homem. Sim a pesquisa indica que as mulheres vivem mais. A expectativa de vida das mulheres é maior.

Isto tem um lado positivo pois as mulheres estão melhor preparadas a viverem sós. Os homens, em geral, não lidam bem com a solidão. Muitos buscam rapidamente uma nova companheira, e aqueles que não encontram, frequentemente, acabam adoecendo ou até falecendo em pouco tempo. Isso se explica, em parte, pelo fato de as mulheres viverem, em média, de cinco a sete anos a mais do que os homens. No passado, era comum os maridos serem mais velhos que suas esposas, além de haver maior aceitação social para casamentos com diferença de idade, quando o homem era mais velho.

Isso nos leva a refletir sobre a igualdade entre os sexos. Podemos realmente falar em igualdade quando há tantas diferenças biológicas e comportamentais? Para mim, a busca deveria ser por direitos e condições que nos permitam existir e atuar como seres humanos completos e autônomos, sem que precisemos estabelecer paralelos com os homens, já que somos tão distintos.

Agora, sobre a questão da solidão. Acredito que muitas mulheres gostariam de ter um companheiro, mas não para preencher um vazio ou completar suas vidas. O desejo é encontrar alguém para amar, compartilhar momentos, ideias e pensamentos, sem que isso comprometa sua independência e autonomia. Não queremos mais ser apenas donas de casa, mães ou esposas, mas sim indivíduos plenos, com todas as nossas características e possibilidades.

Os homens, por outro lado, parecem precisar de uma companheira que os complete, os ajude a criar seus filhos, lhes ofereça carinho e atenção. Eles ainda vivem a ilusão da "metade da laranja". No entanto, não existem metades. Existem pessoas inteiras que podem conviver, desde que haja respeito e tolerância às inevitáveis diferenças.

Fatos:

Mulheres lidam melhor com a solidão. Quando adoecem, conseguem se virar sozinhas. Expressam melhor seus sentimentos, buscam autoconhecimento e reconhecem suas carências e dores. São multitarefas.

Homens, por sua vez, precisam de companhia e de alguém que cuide de suas dores. São mais fechados, têm dificuldade em lidar com seus sentimentos e, geralmente, precisam focar em uma coisa de cada vez.

Que homens e mulheres possam viver e conviver melhor, valorizando suas diferenças e permitindo que elas se complementem para tornar a vida mais rica e equilibrada.
 
Qual sua visão? Você acha que existe uma metade sua que você precisa encontrar ou somente alguém que some? Compartilhe!


Cida Guimarães
29/01/25





 


terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Fala Interna!

 



Hoje estou muito, muito triste. De repente é como se todas as tristezas, mágoas, dor, viessem como uma tempestade,  engolfando-me... choro meus amados, que se foram, choro as perdas,  as ausências, as carências, eu mesma... 
  ,
Estranho que parece que eu estava anestesiada por toda a dor, que eu vinha presenciando e  sentindo; os acontecimentos pareciam um filme, no qual eu era uma espectadora. Estão gravados em  mim, mas só agora consigo ter sua dimensão  exata. É preciso ir até o fundo, reviver momentos, esgotar os sentimentos. Será que conseguimos,  realmente, ou só os reciclamos, até que  um dia fiquem adormecidos em nós?

Quando parece que consegui organizar minhas gavetas,  desfazendo-me do que já não me serve mais, um determinado lugar, fala, música, comida, cheiro; enfim, um pequeno e casual ato, trás de volta uma avalanche de lembranças, que me inundam e balançam minha tão batalhada paz.

Viver é esta eterna luta entre o hoje, nossa realidade- o momento presente, nossas vivências passadas e nossas expectativas futuras. Encontrar o equilíbrio, buscando aterrar no presente, sem esquecer as duras lições que enfrentamos e sem perder a fé, a doçura e a certeza  que ainda temos o que construir e que vale a pena persistir, é nossa batalha diária.

Acredito que quase todos enfrentam momentos assim. É continuar, batalhar, tentar, a cada dia, conhecer-nos melhor e poder fazer escolhas conscientes.  Seguir, como diz  Gilberto Gil, com fé!

 Dê sua visão, compartilhe . É, na troca que crescemos, compreendemos melhor a nós mesmos e aos demais.

Cida Guimarães
27/01/2025

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

TRAVADA ?




E  de repente, travei, faltou coragem. Aguardei na fila por mais de 40 minutos para na hora H, me acovardar. 

 Apreensão, insegurança,  não sei definir. Estava na espera para embarcar, quando li, em um cartaz, que pessoas, com problemas cardíacos, dores nas costas, problemas psicológicos, claustrofóbicas, não deveriam andar no trenó. Já havia guardado minha bolsa em um "locker" e estava  para pegar o próximo trenó,  mas sentia-me indecisa, considerando que quase todas as condições proibitivas e, talvez, até todas,  aplicavam-se a mim  já que, ultimamente, andava um tanto abalada psicologicamente. O fato é que desisti. Sai  pela lateral e nem deram-se conta. Eu, bah, eu fiquei mal, comigo mesma. Oi Cida, qual é? Por que? 

Medo? Não, não foi medo do aparelho em si, do trenó do Alpen Park em Canela.  Andei nele, há anos atrás, com o Juan, e amei. Fiquei, sim,  temerosa de como eu poderia me sentir e como isto poderia ter implicações nos demais. Se eu ficasse tonta, se sufocasse, não conseguisse travar,  se eu acelerasse  demais e batesse no trenó da frente? Enfim, em segundos, minha  mente fez mil elucubrações.

Que seres complexos somos! O que guia nossas escolhas, nossas fugas? 

 Até agora,  não consegui racionalizar. Sou uma pessoa que enfrenta e até gosta de desafios.  Hoje, entretanto, não sei se atribuo a uma indisposição geral ou uma sensibilidade aflorada devido  a tudo  que vivi, nestes últimos  meses. Travei! Fugi!
Logo no 01 dia, de um novo ano,  fujo de uma experiência, que eu queria reviver, apesar de eu não ser a mesma de anos atrás, e as condições serem também  distintas. Talvez, por isto mesmo. Sou outra, e, neste momento, meio perdida  de mim.


CIDA GUIMARÃES 
01/01/25

Comente. Dê sua visão. Já fugiste de algo que querias muito? Sabes por que?


domingo, 30 de junho de 2024

Vivendo o Hoje"

    
                              Minha Reflexão do dia é "CARPE DIEM" . Curta o Hoje!



Com a mente vazia  de ideias, sem inspiração, fico só olhando este mar caudaloso,
que vem com fúria lavando a praia, tomando espaços,  que seriam seus de direito. Me maravilho, espanto, e me espelho  nesta natureza linda, e que nos diz tanto sobre nós mesmos.

Sim, somos, também, como este mar bravio e incontrolável. Tomados por nossas emoções, muitas vezes avançamos em territórios outros, destruímos  cercas  de proteção, causamos estragos profundos.

Sempre a dualidade entre a falta e o excesso, a força e a fraqueza, o cheio e o vazio, a tagarelice e o silêncio, o muito e o nada, e nossa eterna insatisfação com o que vivemos, no momento.

Olhamos para o que falta e não  para o que temos e vivenciamos,  e deixamos de curtir a beleza do que é.   Há que apreciar  cada estado de vida, por mais difícil e doloroso que seja, pois ele nos leva a entender o seu oposto, e a  valorizar  o que nos proporciona de ensinamento.



Cida Guimarães
30/06/24

sexta-feira, 7 de junho de 2024

CERTEZAS

  



Hoje tenho muito poucas.  Tenho mais dúvidas  e questionamentos. Talvez as poucas certezas  que permanecem são  a de que Deus existe, e está em cada um de nós, e nesta  natureza linda, e que nos fala, através  dela,  às  vezes lindamente;  outras,  tempestuosamente.

Deus é  esta linda energia de amor!

Tenho certeza que a vida é  linda em sua feiura, e muito, muito curta,  e que não podemos nos atrelar às nossas certezas, que serão sempre  mutáveis, questionáveis, já que os outros,  e  tudo mais, serão, sempre,  incógnitas a serem  desvendadas, compreendidas , avaliadas, aceitas  ou não, mas respeitadas, mesmo que opostas as  nossas.

Portanto, vamos nos livrar de ideias arraigadas,  conceitos limitantes, juízos de valores,  ser e dar nosso melhor,  deixar  o juízo sobre os demais de lado, curtindo esta breve vida, com fé, coragem e vontade de aprender e ser melhor.


Cida Guimarães
09/06/24



quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Agonia & Morte

Agonia e Morte!

Será  que a  proximidade da morte nos humaniza, ou ao antever o fim, se aguçam  nossas características  viscerais?

Questionamentos que surgiram  ao presenciar a agonia de diferentes entes queridos. Parece que há  um desespero,  um querer  controlar, o que nos cerca, ferir aqueles que amamos, como se, desta forma, nos livrássemos do pânico,  e recuperássemos
 o controle que estamos, gradativamente, perdendo.
Estas são inferências baseadas  em minhas observações, e vivências. 

Precisamos manter  a tranquilidade, não  deixar que estas atitudes nos afetem, e controlar a emoção,  que está em turbilhão. Somos donos de nós? Nem sempre!

Que difícil e intrincado  é  o ser humano! Pleno de contradições, e  sentimentos conflitantes.

Durante nossa vida passamos por diferentes tipos de agonia, e morremos de certa forma, ou pelo menos, parte de nós, e recomeçamos, várias  vezes, sendo outros, até  nossa morte final, que virá  encerrar uma jornada, na qual teremos ou crescido, e nos tornado seres melhores, ou permanecido  na ignorância. 

O que nos impele à  mudança? Somos humildes o suficiente para sermos vigilantes de nós,  não dos outros?

Como enfrentaremos nossa hora final? Tranquilos de que cumprimos nosso papel ou lamentando, nos culpando por nossas omissões  e falhas?

Sei que errei muito,  mas sempre com a intenção  de fazer o bem, não  o mal, e já  morri, muitas vezes,  renascendo como uma versão  distinta de mim, portanto  o desencarne será  o descanso para uma alma cansada e sofrida, mas creio que  há,  ainda, um caminho a ser percorrido.
 Que a hora final seja, quando vier, breve e sem agonia.

Cida Guimarães
19/09/23
❤️🙏

domingo, 10 de setembro de 2023

Mar de Lágrimas

Mar de Lágrimas!


Ala  oncológica, 3213 do hospital Na Sra da Conceição, Porto Alegre.

São 6 cubículos, separados por cortinas, que isolam os pacientes, e dão um pouco de privacidade para a dor e sofrimento. O compartimento de meu filho é o 3213-3 , o último à esquerda. Em sua primeira internação, ficou no 3212-3 , mesma localização, último ao fundo à esquerda.
São sons, odores, máquinas e alarmes, que gritam, acusando término de operação e/ou problemas.

Há muita solidariedade na dor compartilhada, e logo estamos dividindo nossas aflições e preocupações. Todas histórias difíceis, o que nos faz conscientes, que há  pessoas sofrendo, tanto ou mais que nós; não somos vítimas. Tudo por qual passamos tem um porquê, e a cada dia me vejo mais humilde, mais consciente dos muitos privilégios que tenho, do muito que preciso, ainda, me desenvolver e me tornar mais  paciente, mais tolerante.

Creio que estes anos de vivência de doenças, de dor, de deixar de pensar em mim para pensar no bem estar do outro, vem me ensinando muito. Há que  continuar acreditando, há que persistir, e ter fé que tudo vai passar, e que o desespero não vai ajudar.

  Turbilhão de pensamentos, sentimentos, sensações, que me devoram. Socorro! Quero crer que tudo está melhorando, mas minha intuição grita que não. A dualidade entre pedir que cesse o sofrimento, e o não querer a perda física, de nosso ser amado, nos balança. Sabemos que se vencer esta etapa,  outras virão, talvez, mais difíceis e dolorosas. Queremos isto? Teremos força para encarar? Torcemos pela recuperação de nosso ser amado ou  não nos sentimos fortes o suficiente para encarar novas provacões? Estamos nos acovardando frente às dificuldades? 

Uma mescla indefinida de sentimentos. Hoje, 09/09 , nova cirurgia, que vem sido evitada para estancar um sangramento persistente, que foi desde o início menosprezado.
Entrou na sala às 11:33, muito balançado, temeroso deste novo procedimento. Vai ser operado pelo Dr  Francisco e dra  Danielli da equipe do dr Raul Prunelli.   A cirurgia começou às 11:30 e terminou às 12:30.  Deixaram aberto por uns dias,  com um  curativo  para aspirar "laparotomia curativa a vácuo". Talvez precise nova cirurgia para fechar.

Eu pressentia que isto iria ocorrer, e venho sofrendo muito. Será que ainda tenho lágrimas ou já secaram todas? Choro pelas ruas, choro pelo que foi, o que não foi, pelo que poderia ter sido... um mar de lágrimas....

Cida Guimarães
09/09/23








Entre Mundos!

Entre mundos!

O lento passar das horas,  tudo escuro, triste, deprimente, e uma angústia  que vai envolvendo, tomando conta. Há que lutar para manter a esperança que a recuperação  esteja ocorrendo, quando só vemos lassidão,  desânimo,  sono contínuo, e uma cicatriz que não para de sangrar. Médicos que dizem estar tudo bem, quando a intuição  diz o  contrário.  Gostaria de estar errada, queria crer que está , mesmo, tudo bem.

Meu Deus, é  tanto  sofrimento!

A cada dia, vejo  ele mais fraquinho. Hoje ficou  meio atordoado,  ao me ver. Dei  o café,  e voltou a dormir. Não  tem nenhuma energia. Um quadro semelhante ao do Juan. Sentia que o perdia  a cada dia. Quanta impotência! Como tudo deixa de ter valor; o único  que aspiramos é ter super poderes para restaurar a saúde,  devolver  a energia, a alegria ao nosso  ser amado, que vai  pouco a pouco, se distanciando  de nós.  Está  em uma realidade paralela,  entre mundos,  com um pé  aqui e outro, no além.

Será  que ficamos em um limbo? Será  que vislumbramos o outro plano, e este nos apavora?

Por duas vezes senti que  se assustou, estava em outra realidade, como se estivesse em um delírio, sonado. Não  há  mais nenhum interesse em nós, nas coisas terrestres, como se fosse imperioso  um distanciamento  para que o corte não  seja tão  abrupto.

Tudo conjeturas  baseadas  em minha observação.  Foi assim com meu pai, com o Juan, e o quadro, agora, igual, no mesmo mês do ano passado, e a cada dia, a dor, de uma perda anunciada,  se repete, me rasgando  por dentro. Ando a chorar pelas ruas já  que procuro brincar e sorrir, quando estou com ele. Entretanto,  nada o interessa, nem mesmo o evangelho, que  no início  curtia.

Muito doloroso!

Cida Guimarães
06/09/23