Que sensação estranha nos sentirmos culpados por não estamos participando, ativamente, de algo trágico, desesperador!
Sim, quando a tragédia de um desastre ambiental, de proporções inimagináveis, atinge tua cidade, teu estado, deixando ambos devastados, milhares de pessoas, desabrigadas, mais de uma centena de mortos, quase meio milhão de cidades atingidas e parcialmente destruídas, centenas perdidas, você se sente culpado por ser um privilegiado, por não ter sido atingido.
Parece que estamos vivenciando dores em cadeia, sofrimentos que se sucedem, não dando lugar à leveza, à felicidade, ao riso, ao prazer. Não sei se sou eu, que, desde 2020, venho vivenciando só dores, doenças e catástrofes, tendo minha sensibilidade aflorada, ou se o mundo, realmente, está de cabeça para baixo e tudo vem acontecendo, em uma sucessão mundial de horrores. São tragédias ambientais, guerras, conflitos. A vida está difícil, os relacionamentos tensos.
O individualismo, a falta de empatia são males, desta época, em que tudo é muito rápido, há pouca interação real, muita busca do prazer e satisfação instantâneos.
Então toda esta tragédia trouxe a reboque um lindo sentimento de solidariedade, de amor, de empatia por esta parte do país, que está sofrendo tanto. O Brasil vem, se mobilizando em campanhas de doação para ajudar as milhares de pessoas que, hoje, se encontram em abrigos, sem saber para onde irão, e como conseguirão reconstruir suas vidas. Lindo ver este amor!
Nós, gaúchos, somos um povo aguerrido, batalhador, e vamos conseguir ir em frente e reconstruir nosso rincão. Não vai ser fácil, mas, com certeza, chegaremos lá.
Cida Guimarães
15/05/2024
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