segunda-feira, 4 de março de 2024

Como uma Fênix?

  

Hoje, li uma previsão, no "Moon Reading" Tarot, onde a carta que tirei, era a Fênix. Claro, conheço bem o mito, mas quis saber mais, e fui  ao Google, Wikipedia que diz:

"Fênix é uma ave mitológica que está presente em diferentes mitologias, mas em especial na grega e na egípcia. Trata-se de uma ave parecida com uma águia que possui penas avermelhadas e douradas e que tem o poder de renascer das cinzas após completar o seu ciclo de vida, que dura 500 anos.
Os relatos gregos a apresentam como uma ave que se alimenta de incenso e raízes odoríferas, vivendo por cerca de 500 anos. Ao fim desse período, a fênix constrói um ninho, no topo de uma palmeira ou de um carvalho, com diversos itens, como mirra e nardo. É nesse ninho que seu ciclo de vida se encerra. Uma pira é feita pela fênix, e nela o corpo da ave é incendiado, levando a sua morte. Assim, das cinzas da antiga fênix, surge uma nova ave, e aqui existem duas versões: uma afirma que a fênix que surge é uma nova ave, mas outra aponta que, na verdade, se trata da mesma fênix, que se reconstitui das próprias cinzas. Segunda versão é a mais conhecida. O mito ainda conta que a fênix que surge ou ressurge das cinzas pega os restos do ninho e o transporta até Heliópolis, uma cidade egípcia. Os restos desse ninho são colocados em um altar para o deus Sol — Rá, na religiosidade egípcia. O feito da fênix de renascer das cinzas e sua ligação com o Sol associam essa ave à ideia de renascimento."

Reler a história da Fênix me levou a pensar, e a questionar se nós, humanos,  também temos  esta capacidade de nos reconstruir, de nos tornar outros e, ainda assim, ser nós mesmos? 
 Fui  olhar para minha vida, e em retrospectiva, pude constatar algumas de minhas "mortes e renascimentos".  Sou outra, hoje?  Como uma Fênix? 
Talvez!  Com certeza, não mais a mesma; outra versão, melhorada, talvez, das antigas "Cidas e Marias". Nem me reconheço, em muitas de minhas posturas e visões. 

 Nisto, possivelmente, resida  uma das maravilhas de viver. A possibilidade de, a cada dia, poder fazer e ser diferente;  mudar, ser outro, apesar de manter a mesma essência. Talvez a gente só vá tirando camadas, nos desfazendo de excessos, criando uma nova pele. 

Olho para minha vida, e constato que algumas etapas foram de morte, e depois de renascimento. Acho que a maioria de nós, que já vivemos várias décadas, nos sentimos, assim, se  ousamos fazer esta viagem interior, que não é fácil. É doída! Há que ser capaz de olhar as feridas, nossas e dos outros, assumir responsabilidade por nossos equívocos, perdoar e nos perdoar, o que, às vezes, é ainda mais difícil.

Uma parte de mim já não existe. Esta morte, entretanto é sofrida, difícil pois há que  deixar ruir uma estrutura rígida de conceitos arraigados, ideias preconcebidas, e deixar fluir tudo que está em ebulição: frustrações, dor, mágoas, e até revolta para poder, finalmente, despir nossa couraça, enfrentar nossas inseguranças, traumas e renascer, mais fortes, mais verdadeiros e, enfim, sermos capazes de olhar para as dificuldades do caminho, com mais tranquilidade, amar tudo que construímos de bom e sermos gratos. Sim, muita gratidão por termos conseguido nos  despir das  peles antigas, e construir outras, menos vulneráveis e mais adaptáveis.  

Como uma Fênix!


Cida Guimarães
04/03/2024

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