Espelhos é um espaço de auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal através da identificação de ideias preconcebidas, pensamentos limitantes, e distorções cognitivas. Há um espaço, com minhas reflexões pessoais, crônicas, poemas, etc. Espero que seja um canal efetivo de comunicação, troca de ideias, problemas, e sugestões, que proporcionem esclarecimento, entendimento, iluminação, e crescimento.
sábado, 28 de agosto de 2021
Um sábado nublado!
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
O inesperado em nossas vidas!
Explico. Fomos a Florianópolis para uma sessão de terapia da coluna, do Juan (meu marido), no ITC Vertebral, no Centro Empresarial. Ao estacionar o carro na rua lateral, não reparei haver uma vala, ao lado do meio fio, que não estava protegida com gradil, e acabei com os pneus, primeiro o traseiro, e depois quando tentei sair, o dianteiro, entalados na vala, ficando impossível manobrar/ tirar o carro. A largura da vala era a do pneu, e como era funda não havia maneira. Depois de já estar contatando com o seguro para providenciar guincho, o que também foi bastante frustrante, com as diferentes opções do "menu whatsapp", outro carro foi estacionar atrás do nosso, e avisamos para que não ocorresse o mesmo. O motorista estacionou, com nossa orientação, e logo se prontificou em ajudar, querendo levantar o carro com meu marido. Claro, só os dois foi impossível. Resolveu pedir ajuda para alguns operários de uma obra, em frente, e eles vieram, já com pedaços de pau, como talas, que usaram para criar quase que uma rampa de forma que pudéssemos tirar o carro. Disseram: "Toda semana cai um, aí." Já tinham todo o esquema pronto.
terça-feira, 10 de agosto de 2021
Perdas e Ganhos
terça-feira, 27 de julho de 2021
Sozinho? Solitário? Solidão?
Penso que somos todos sozinhos; cada um de nós, em nosso mundo individual, que abrimos para tão poucos. Paralelamente, nunca estamos, inteiramente sós, temos espíritos amigos que nos acompanham, e, outros, que nos atordoam, e temos nossos eternos pensamentos.
Como Érico Veríssimo diz, abaixo, nossos pensamentos são nossos companheiros de todas as horas. Precisamos controlá-los, limitar sua importância, não deixar que nos dominem.
Se temos nossos pensamentos, não estamos sós. Que sensação horrível quando estamos em meio a outros, e nos sentimos mais sós do que nunca porque os demais não estão interessados em nosso eu real, sendo tudo superficial, sem troca, sem emoção. Precisamos fazer a viagem interior, conhecer melhor nossas ideias, pensamentos, e as emoções que desencadeiam.
Há muitos momentos em que gosto de estar só, e não me sito solitária, nem triste. Preciso de meu espaço, meu tempo. Tempo para ser eu mesma, para organizar ideias, repensar coisas, imaginar, planejar. Há, outros cenários, entretanto, que podem ser bem assustadores.
Fui uma criança muito sozinha por não ter irmãos de minha idade, e meus pais serem super protetores, envolvidos com seus próprios afazeres. Brincava com minhas bonecas, inventava histórias, diálogos. Nunca fui de ter muitos amigos. Alguns poucos, ao longo da adolescência. Aprendi, desde cedo, a conversar com meus botões. Depois, fui superando minhas inadequações, ficando mais social.
Solidão, é uma palavra, um sentimento, que significa coisas tão diferentes para cada um. Há pessoas que podem adoecer de solidão, entrando em depressão; outros, a temem tanto que preferem ficar em relacionamentos ruins para não ficarem sós, ou terem que lidar com este sentimento.
Geralmente, os velhos sofrem de solidão. Parece que alguns já se desligaram, e estão em seu mundinho paralelo. Talvez, devido a problemas de surdez, desinteresse dos demais, em ouvir suas histórias repetidas. Lembro bem de meus pais, em seus últimos anos, quase sempre alheios ao que estava rolando, ou recontando suas velhas histórias. De alguma forma já haviam se desligado desta época, e estavam revivendo, o que foram suas experiências felizes.
Me surpreendeu, entretanto, uma pesquisa, na Inglaterra, que constatou o crescente índice de jovens solitários, e que a solidão vem sendo um problema na juventude, e da atualidade. Por que será? Quando temos, hoje, tantos meios de comunicação, tantas redes sociais? Talvez porque tudo seja muito superficial, a comunicação não é do meu EU (Real) com o Teu EU (Real), e sim com nossas fachadas sociais. Quando não conseguimos uma interação efetiva, quando não somos reconhecidos em nossa essência, voltamos para o nosso esconderijo, nosso casulo.
Nesta pandemia este sentimento de isolamento, não pertencimento, aflorou, se disseminou, de forma avassaladora, devido a estarmos, todos, forçosamente, isolados e impossibilitados de ver/ estar com seres amados, a transpor fronteiras, a ir e vir, como estávamos acostumados. Tivemos que mudar hábitos, e buscar novas formas de contato.
Quando estamos sós temos que lidar com nossos diabinhos interiores, analisar nossos pensamentos, emoções, fazer a viagem interior que pode ser tão penosa, mas também pode iluminar nosso caminho, sinalizando equívocos, e apontando direções.
terça-feira, 20 de julho de 2021
Saudade
Sentimento que pode ser lindo, triste, romântico, nostálgico, e que nos invade de diferentes formas.
Palavrinha que gostamos de dizer ser propriedade de nosso idioma, dificilmente traduzida em outras línguas. Será? Talvez não exista uma palavra equivalente, em todos seus sentidos. Em uma pesquisa sobre termos mais difíceis de serem traduzidos, ficou em 7º lugar. Todo idioma tem palavras e expressões que são muito particulares, e não possuem um termo equivalente nas demais línguas.
Saudade tem sua origem no latim "Solitatem" (solidão), mas adquiriu, com o galego, novo sentido. Usamos o termo de forma nostálgica, triste, romântica, e para marcar a importância dos demais em nossa vida, sinalizando a falta, pela distância, dos seres amados, dos lugares, que nos marcaram; quando perdemos alguém, algo, ou nos perdemos de nós mesmos. Você já sentiu saudade de você mesmo?
Eu acho esta palavra linda, e há momentos em que o sentimento também é gostoso. É bom lembrar cenas de nossa infância, juventude, datas e eventos que ficaram na saudade. Recordar os filhos pequenos, suas descobertas, vitórias, percalços. Lembranças queridas de momentos que não vão voltar. e que gostaríamos muito de reviver, matar as saudades. Talvez, viver, mais intensamente, cada uma das fases de nossas vidas que, hoje, já estão empanadas, e esmaecidas pelo tempo. Entretanto, nunca conseguimos, pois, mesmo que a gente reviva a experiência, esta não é, e nunca será igual, e ficará sempre a saudade do que foi e não é mais.
Há tantas pessoas que passaram em minha vida das quais sinto muitas saudades! Umas, já, não mais vou encontrar; talvez, em outro plano. Ficaram em mim. Outras, que ainda é possível, mas fica a dúvida de como será este reencontro. A mesma energia, sintonia, laços de afeto, ou a distância já terá criado um muro de frieza e reserva?
Sim, a distância aumenta a saudade, mas também cria muros de proteção, nos torna mais reservados, sem a mesma naturalidade, intimidade. Já não mais compartilhamos nossas dores, e amores, nossos bons e maus momentos.
Ela preparava tudo, com muito amor e cuidado. Sempre se doando.
Uma comida, um cheiro, provocam em nós sensações de pertencimento. Os doces em compota que mamãe fazia: laranja-azeda, figo, doce de batata-doce, de abóbora. Sempre havia um docinho. Recordo-me que mesmo já com idade avançada, fazia seus doces, que nos ofertava quando a íamos visitar, dizendo: "Um docinho de batata-doce, um licorzinho?"
domingo, 6 de junho de 2021
Qual seu nível de tolerância?
" A tolerância é a melhor das religiões."
Victor Hugo
" A maior represália contra um inimigo é perdoá-lo. Se o perdoamos, ele morre como inimigo e renasce a nossa paz. O perdão nutre a tolerância e a sabedoria."
Augusto Cury
terça-feira, 1 de junho de 2021
Qual seu investimento mais importante?
em nós mesmos, meditando, refletindo, definindo metas;
em tempo de qualidade com nossa família;
em estudar, se atualizar, trabalhar;
em lazer;
em gratidão e amor.
quarta-feira, 19 de maio de 2021
Qual o papel da escrita em sua vida? (1a parte)
O ato de resumir as lições, expressar a minha visão, tem sido fundamental no processo de reflexão, análise, e compreensão das mesmas. Nenhuma leitura, entretanto, é passiva; é sempre uma simbiose entre texto e leitor. Fazemos inferências, interpretamos, conforme nossas vivências, e maturidade, e o produto de minhas postagens está impregnado de minha visão do material estudado. Minha única frustração é que apesar de mais de mil visualizações, ninguém interagiu com algum comentário, pergunta, crítica ou observação, e a sensação é de monólogo. Não tenho ideia de como estes textos estão sendo recebidos. Minha explanação tem sido clara, objetiva? Tem ajudado? Leva a questionamentos? Mil perguntas, sem respostas....
Entender a nós mesmos, como seres humanos, falíveis, cheio de imperfeições é das tarefas mais árduas. Tenho a sensação que passei parte de minha vida no piloto automático, olhando tudo com viseiras, que me impediam de ver o que ocorria ao meu redor. Sempre focada no trabalho, na família, na casa, me perdi de mim mesma, e do que acontecia de relevante, e o que, realmente, importava. Tanta coisa que não curti, não vivi, não fiz. Acredito que comecei a viver de forma "mindful" na minha fase madura, quando conquistei uma independência financeira e emocional, e pude tomar as rédeas de minha vida, e me dedicar a outros interesses. Sou, hoje, outra pessoa, e posso, com o distanciamento adquirido, olhar para minhas ações, e me surpreender com minha dedicação, entusiasmo, arrojo, destempero, e muitas vezes teimosia. Orgulho-me de várias conquistas; me envergonho de algumas atitudes, mas tudo foi aprendizado, crescimento, pessoal e profissional.
Hoje, me conheço melhor, identifico meus pontos fortes e fracos, sei o que me tira do sério, e cada dia me sinto mais livre, mais segura de mim mesma, sem necessidade de aprovação, e despreocupada sobre a imagem que posso estar passando. Desenvolvi minha auto estima, auto imagem e valor e, consequentemente, me sinto liberta para ousar e expor ideias, e sentimentos. A escrita é parte de minha vida. Sempre registrei acontecimentos importantes em um diário, minhas viagens, em um "blog"; enfim, a escrita sempre me ajudou a reter e processar informações.
Atualmente, é muito abreviada nas mensagens de texto, quando não adulterada pelos corretores automáticos. Li, em algum lugar, que as palavras na ‘internet’ são como tatuagens digitais. Faz todo o sentido, pois é difícil, impossível até, apagar as mensagens escritas, e mesmo quando conseguimos, já foram lidas e repassadas. É tudo muito rápido e perigoso. Sem tempo para processar, corremos o risco de atropelar a comunicação.
Escrever, para mim, é uma forma fantástica de organizar ideias, pensamentos, não deixando que os mesmos se transformem em emoções, e sejam extravasados de forma descuidada e perigosa. Estou terminando meu último curso na área psicológica, e já estou pensando qual será o próximo.
Como você se sente a respeito?
Compartilha alguma de minhas ideias ou elas lhe parecem totalmente, sem sentido? Você não precisa se identificar, se não quiser, mas adoraria saber como estas ideias ressoam em você.
quarta-feira, 5 de maio de 2021
Você é livre ?
LIBERDADE
Me peguei, hoje, pensando em liberdade, e nas perguntas acima. Sinto-me livre caminhando na praia, com o vento no rosto, mirando o horizonte, o mar, as ondas quebrando na praia, as gaivotas alçando voo, e as nuvens sobre os morros.
A natureza me faz sentir livre, leve, em paz.
Quando a pandemia iniciou nos vimos cerceados, limitados em nossa liberdade de ir e vir, de viajar, de estabelecer contatos, de viver, como melhor nos aprouvesse, e as restrições impostas sendo contestadas por muitos, que se rebelam com o cerceamento de sua liberdade.
Afinal o que é liberdade? Na Grécia antiga era associada ao ato de pensar, de filosofar. Ser livre era ser mestre de si mesmo, ter domínio sobre suas ações. Para Aristóteles, liberdade era a capacidade de decidir sobre um determinado agir ou sua omissão; Sócrates, dizia ser a capacidade de dominar seus sentimentos, pensamentos, a si próprio. É célebre sua frase: "Conhece-te a ti mesmo."
Concordo com esta visão de Sócrates. Como posso ser livre se não sou nem dona de mim mesma?
Quando não me conheço e sou dominada por impulsos, pensamentos limitantes, me torno escrava dos mesmos, minha liberdade está restrita, delimitada. Eu mesma imponho limites à minha liberdade de maneira infinita. Quando minha auto estima é baixa, sou presa de minhas limitações, posso ser dependente de meus hábitos, minhas manias. Somente desenvolvendo meu auto-conhecimento posso, gradativamente, ir me desvencilhando das amarras de conceitos arraigados, e me tornando mais senhora de mim, mas, ainda assim, não livre, pois, há os afetos, a família, a situação financeira, a profissão que vão me aprisionar, em seus esquemas.
Podemos ser totalmente livres? Acredito que não. Nossa liberdade será sempre condicionada ao meio em que vivemos, às leis, aos códigos de conduta, à cultura do país, aos direitos dos outros.
sexta-feira, 26 de março de 2021
A felicidade é uma arte?
É a felicidade uma arte? Exige talentos específicos?
Nunca havia pensado sob este ângulo, mas faz todo sentido. A felicidade é difícil, trabalhosa, considerando que estamos todos, sempre, em sua busca, e demanda foco, atenção, sendo, quase sempre, breve, fugaz, enganosa. Quanto mais a buscamos nas coisas efêmeras, quanto mais expectativas, criamos, mais desapontados ficamos. Todos queremos ser felizes, sendo o que, também mais desejamos para nossos seres amados, felicidade.
A 2.ª premissa parte do pressuposto que ao cultivarmos emoções positivas, vamos gradualmente, eliminando as emoções negativas. Nossos estados mentais agem como antídoto às tendências negativas. Ao desenvolver amor, compaixão, ou gratidão, vamos eliminando os sentimentos negativos e tendo uma sensação prazerosa de libertação.
Já viajastes a algum lugar onde já estiveste há alguns anos? É incrível que nosso olhar é sempre distinto. Ou não apreciamos o suficiente, da primeira vez, ou na 2.ª achamos tudo mais feio e desinteressante. A impressão nunca é a mesma. Como vamos querer que sentimentos permaneçam inalterados?
Não quer dizer que deixamos de amar, mas vamos amar de forma distinta, madura, enxergando o outro na sua humanidade, imperfeita, como a nossa. Quando nos aceitam, e aceitamos o outro, integralmente, somos autênticos, e felizes.
Dor e sofrimento em contraponto com a alegria, prazer, felicidade. Polos opostos. Um não existe sem o outro. Um, valida o outro. Não posso ser feliz se não souber o que é a dor, o sofrimento. Entretanto, os sentimentos cultivados, serão os preponderantes em nossa vida, e há que lutar contra os que nos colocam para baixo, que nublam nossa capacidade de entendimento e aceitação.
Ser feliz é uma arte que demanda a busca do positivo, do belo, das bençãos, e requer observação, cuidado, delicadeza, dedicação, muito esforço, e gratidão. Uma luta diária que só os que se dedicam, totalmente, conseguem colher os frutos.
quinta-feira, 11 de março de 2021
Divagando sobre nossas diferentes idades!
"Qual seria sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?" Confucio
Hoje, não sei porquê, me vi pensando em nossas diferentes idades. Geralmente, contrastam nossa idade cronológica, com a biológica. A primeira é incontestável, e é a que nos identifica, habilita ou incapacita nas etapas de nossa vida para diferentes atos, ou funções. Já a biológica é responsável por nossa aparência, força física, intelectual, e por comentários, que recebemos ou fazemos, tipo: "Estás ótima! Parece muito mais jovem"; "É mesmo? Quem diria?" Alguns verdadeiros, outros, não tanto.
“Um homem que não se alimenta de seus sonhos, envelhece cedo.”WILLIAM SHAKESPEARE
terça-feira, 9 de março de 2021
Justiça x Injustiça
Ontem, 08/03/21, houve a decisão do ministro Fachin, anulando as sentenças da Lava Jato contra Lula por considerar a 13a Vara Federal de Curitiba apta, exclusivamente, para jugar crimes praticados direta e exclusivamente contra a Petrobras, e que Lula tem o direito de ser julgado por um tribunal competente, de forma isenta, justa e apartidária.
Possivelmente, todos que desenvolveram ódio ao (PT) e a figura de Lula, como seu líder incontestável, devem, agora, estar irados, revoltados contra o que consideram, possivelmente, uma decisão abominável.
" Pensar é difícil, é por isso que a maioria prefere julgar." Carl Jung
Como podemos ser justos se não colocarmos emoções, preconceitos a parte, e olharmos /pensarmos os fatos com isenção, sem paixão? Temos todos os dados, conhecemos as intenções, por trás das histórias? Conseguimos nos colocar no lugar do outro para ver se gostaríamos de ser julgados da mesma forma?
Vemos, diariamente, exemplos flagrantes de injustiças, sejam elas de ordem econômica, política, racial, sexual, étnica. Ficamos indignados, dizemos: "Que injustiça!", quando as mesmas nos atingem, mas silenciamos, e até mesmo aplaudimos quando vão ao encontro de nossa forma de pensar e agir. Será que somos justos em nossos julgamentos precipitados, em nossa avaliação superficial dos acontecimentos, e de como rotulamos pessoas, sem as conhecer?
Todas as grandes figuras da humanidade foram incompreendidas, injustiçadas, condenadas e mortas pelas mãos dos "donos da verdade" da ocasião. Não aprendemos com as histórias vividas e, talvez, se até mesmo Jesus, voltasse entre nós, fosse, novamente, crucificado.
Endeusamos ídolos de barro. Nossa tendência é termos um olhar complacente para com aqueles que fazem parte de nosso círculo de amizades, que compartilham as mesmas ideias e valores, ou que admiramos. Então desculpamos/ ignoramos suas falhas, omissões, pecados, mas quando nossos desafetos incorrem em algum mal feito, os crucificamos, sem piedade.
No caso do Lula, não sei dizer se foi corrupto ou omisso em ver que a corrupção corria solta. Sempre, entretanto, lamentavelmente, a corrupção esteve presente em todos os nossos governos, e ouso dizer, no povo, de forma geral. Nos pequenos atos, nas pequenas infrações: de trânsito, de declaração de impostos, na adequação e seguimento das leis, na obtenção de vantagens.
Sendo justos, há que reconhecer que foi somente durante os dois mandatos de Lula que o Brasil alçou uma posição de reconhecimento e realce no mundo. O país passou a ser respeitado. Hoje, já perdemos, novamente isto. Foi em seu governo que o povo conseguiu um nível de vida decente, e grande parte da população saiu da extrema pobreza, tendo acesso a bens, outrora inimagináveis. Tivemos várias conquistas que, hoje, se perderam. Retrocedemos em todas as áreas.
Não é possível não respeitar um ser humano que conseguiu superar a pobreza, a falta de estudo, e que de torneiro mecânico se transformou em líder, ídolo sindicalista, e foi eleito presidente da república por 2 mandatos consecutivos. Não fala português correto, mas se expressa lindamente; é um orador nato, tem coerência, luta pelo povo, é empático, e sabe lidar com reis e mendigos. Admiro estas caraterísticas, e quero muito ver um julgamento isento de paixões.
De qualquer forma, não enxergo outra liderança que aglutine, mova o povo em torno de uma volta à democracia, e direitos plenos, e capaz de tirar o Brasil do atoleiro, em que se encontra, restaurando nossa esperança de um porvir mais justo.